Quem nunca passou por uma situação inusitada ou até de risco quando criança?
Aposto que todo mundo tem uma história de “por um triz” para contar.
Quando eu li o livro Escapei Fedendo! pela primeira vez, eu me recordei da minha infância e de como eu era tranquila. Mas vieram outras memórias dos momentos no estilo: “foi por um triz”. Claro, nada se compara com as aventuras que o autor Altevir Esteves passou e compartilhou no livro.
Lembrei do dia em que eu cai do escorrega no parquinho perto de casa. Fui brincar errado, claro, estava sem a mãe por perto e aproveitei a fazer algo diferente que eu sei que ela jamais deixaria: escorregar de cabeça para baixo e com as mãos segurando nas laterais”.
A primeira descida foi divertida! Deu certo. A segunda vez, uau, eu pude ir mais rápido e empurrando, mas na terceira vez... Fui com excesso de confiança e velocidade na subida. Nem parei no topo após subir as escadinhas, de tamanha vontade de descer em uma velocidade ainda maior. Só que eu me desequilibrei. Me lembro até hoje. Parece que o tempo parou. E eu, fiquei parada segurando o que dava no escorrega. Mas eu só lembro que cai no chão e bati a cabeça. Foi tudo tão rápido. Vixi maria que perigo! Eu deveria ter uns 6 ou 7 anos. Só lembro da minha mãe correndo até mim e me levantando. Acho que ela dever ter ficado mais preocupada, por questões de segundos que ela não me alcançou, impedindo a minha queda.
E eu levantei brava, porque havia falhado! Nossa, desde pequena eu ficava brava quando eu não conseguia algo. Lembro que doeu, mas não muito. Foi mais o susto. Claro, nunca mais fiz a mesma coisa. Demorei a subir no escorrega. Óbvio que levei bronca. Minha mãe só havia confiado em mim porque eu era comportada. Ela tinha que ficar de olho em minha irmã que era bebê, e meu irmão dois anos mais novo, e muito mais arteiro. Por isso, jamais julguei a minha mãe. Afinal, eu precisa que ela ficasse longe para eu fazer o que queria. Lembro bem disso! Ainda bem que nada grave aconteceu. Escapei do pior.
E assim, sigo agradecendo pela vida e pela oportunidade de sempre poder cumprir com meu propósito.
Abraços, Cristina.
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